Hades na Mitologia Grega - [Sobre o Inferno - 4/11]

Pra entender o “Inferno” do cristianismo não bastam apenas textos bíblicos. A mitologia grega influenciou consideravelmente a visão de vida após a morte dos antigos e é necessário entende-la pra compreender  como surgiu o “Inferno”.

A mitologia grega era um conjunto de narrações míticas originalmente mantidas pela tradição oral e preservadas até os dias de hoje pela literatura de autores como Homero e Hesíodo. 

            Entre os vários deuses existia Hades, deus dos mortos, que reinava sobre o submundo. Seu reino era cercado de água. Após a morte, o grego cruzava o rio Styx na barca de Caronte e chegava em um lugar conhecido como Campos Asfódelos. Os Asfódelos era um local de apatia onde os mortos se esqueciam de quem eram até chegarem na próxima etapa da jornada.

Continuando a viagem, o defunto chegava numa bifurcação onde seria julgados pelos três juízes, Minos, Radamanto e Éaco. Se o desencarnado tivesse sido extremamente mau, seria enviado ao Tártaro; se tivesse realizados atos heroicos ou sido extremamente bom, seria enviado aos Campos Elísios; se não tivesse sido extremamente bom ou extremamente mau, voltava aos Campos Asfódelos.

Os Campos Elísios são sempre retratados como um lugar paradisíaco. Virgílio, um poeta romano que participou no registro dos mitos gregos, escreveu que os mortos poderiam reencarnar após beber a água do rio Lete.

O Tártaro sempre aparece como o abismo mais profundo existente no mundo, usado como uma masmorra de tormento e sofrimento. Mais de uma vez na mitologia grega, deuses que perdiam as guerras ou deuses rebeldes eram aprisionados no Tártaro. Virgílio escreveu que o Tártaro era um lugar gigantesco rodeado pelo rio de fogo Flegetonte, cercado por tripla muralha que impede a fuga dos pecadores. 

Note como essa descrição de mundo dos mortos se parece muito mais com o pós vida do gato Tom, do que o Sheol do Antigo Testamento. 

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